BLUES

BLUES É MAIS DO QUE UMA SIMPLES MÚSICA, É A ESSÊNCIA DE UM POVO SOFRIDO, MARCADO PELAS DESIGUALDADES SOCIAIS, MAS ACIMA DE TUDO ELE É UMA ARMA QUE ATINGE A NOSSA ALMA, LEVANDO OS NOSSOS PENSAMENTOS AOS VASTOS CAMPOS DE ALGODÃO, E NOS FAZEM LEMBRAR DE ONDE VIEMOS.
MAS NESSE BLOG AS AMARGURAS OS SOFRIMENTOS CANTADOS NAS LETRAS SÃO ALIVIADOS E CARREGADOS POR UM HOMEM QUE VIVEU A MAIS DE DOIS MIL ANOS ATRÁS E COMO UM BLUES MEN CANTOU A VIDA, E DEU A VIDA EM NOSSO FAVOR E HOJE NOS DÁ A ESPERANÇA DE VIVERMOS UMA NOVA VIDA SEM SOFRIMENTOS PARA CANTAR.
by André

quinta-feira, 27 de maio de 2010

BLUES: UMA VIAGEM MUSICAL

Mais uma cartada de mestre da rede de Tv Cultura a unica rede aberta do Brasil que realmente da o valor que o blues merece quem não se lembra do Sesc Blues, Blues no País do Samba entre outros festivais que a TV Cultura exibiu sempre com exclusividade dando a oportunidade para as pessoas conhecerem este que é um dos mais importantes ritmos da musica mundial, assim como o samba e a bossa nova revolucionaram a musica brasileira e mundial o blues também fez sua parte foi através dele que o rock nasceu e hoje influencia milhares de pessoas pelo mundo, no Brasil a TV Cultura teve participação efetiva na evolução da musica blues promovendo e apoiando festivais de norte a sul e fazendo programações voltadas para a musica blues como o que será exibido neste sábado com muita maestria e bom gosto o programa “Blues: Uma Viagem Musical" Com produção de Martin Scorsese, será exibido as 23:30hs...  


“THE BLUES A MUSICAL JOURNEY”(titulo original) Que foi criada em sete de Setembro de 2003 por
Martin Scorsese que se juntou a vários músicos na Radio City Hall de Nova York para um concerto memorável em celebração ao Blues.
O filme do concerto capita a emoção desta noite mágica e presta um verdadeiro tributo ao blues reunindo incríveis documentários numa coleção que foi indicada ao prêmio de Melhor Documentário Musical no
Grammy Awards de 2005.
Além de Scorsese, os episódios, divididos em sete longas-metragens, foram dirigidos por nomes como Clint Eastwood, Wim Wenders e Mike Figgs e apresentam interpretações raras de lendas, dentre elas Muddy Waters, Eric Clapton, BB King, Bonnie Raitt, Lou Reed, Tom Jones, Los Lobos, Lucinda Williams. As edições apresentadas são:

Alma de um homem (Soul of a man) o realizador Wim Wenders analisa a tensão dramática do blues, entre o sagrado e o profano ao explorar a vida e a musica de três dos seus artistas favoritos, Skipe James, Blind Willie Johnson e J.B. Lenoir Wenders explica: “Estas musicas tem um grande significado para mim. Eu sinto que há mais verdades em qualquer uma delas do que em qualquer livro que já tenha lido sobre a história americana ou em qualquer filme que tenha visto. Tentei descrever mais como poema do que como documentário aquilo que mais me marcou em suas musicas e vozes.”  

A estrada para Memphis (the Road to Memphis) o realizador Richard Pearce traça a odisséia musical da grande lenda do blues BB King num filme que é um tributo a cidade onde nasceu um novo estilo de blues.

Vermelho, Branco e Blues (Red, White & Blues) o filme de Mike Figgis é um misto de entrevistas feitas com artistas chave do movimento britânico do blues e com uma nova musica de Jam session improvisada por um elenco de estrelas nos famosos estúdios da Abbey Road: Tom Jones, Jeff Beck entre outras referencias clássicas do blues britânico; acompanhados por uma magnífica banda o resultado é eletrificante.

De volta para casa (Feel Like Going Home) em busca da origem do blues o realizador Martin Scorsese viaja com o musico Corey Harris, desde as plantações de algodão do Mississipi até as margens do rio Níger no Mali, África.

Padrinhos e afilhados (Godfathers and Sons) o realizador Marc Levin nos leva a uma viagem pela evolução do blues e a fusão de novos estilos como o Hip-hop conduzindo o filme está Chuck D famoso Hip-hop e Marshall Chess filho de Leonard Chess fundador da Chess Records eles nos levam até Chicago e criam uma produção musical reunindo veteranos do blues e atuais músicos de Hip-hop.

 Piano Blues (Piano Blues) o realizador e pianista Clint Eastwood explora sua paixão pelo piano blues usando um tesouro de atuações históricas e raras assim como entrevistas e atuações de lendas que na gravação deste filme estavam vivas como: o eterno Ray Charles, Fats Dominos, Dr. John, Pinetop Perkins entre outros....  


quarta-feira, 26 de maio de 2010

HOMENAGEM


Mississippi John Hurt

Mississippi John Hurt  Esse que foi um grande percussor do country blues e folk recebe merecidamente nossa homenagem  "John Smith Hurt" nasceu 2 de julho de 1892, em TeocMississippi, John foi o oitavo dos dez filhos nascidos de Paul Hurt e Jane Smith Mae.
De acordo com a biografia de sua vida pessoal John Hurt aprendeu a amar e apreciar a música e tocar guitarra com William H Carson, seu professor na St. James School, localizada em Avalon, Mississippi. John Hurt declarou: "Eu não tinha muito interesse em tocar  guitarra  até que William H. Carson  dormiu na minha casa, então eu peguei a sua guitarra no quarto e tentei tocar". 
Ele aprendeu a tocar violão aos nove anos de idade. Depois disso, sua mãe comprou um violão de segunda mão, ao preço de $ 1,50! não podia dizer que não havia nenhum som bonito  essa guitarra. Em 1923 ele costumava se apresentar com o músico Willie Narmour (Carroll County Blues) como substituto de seu parceiro regular Shell Smith. Quando Narmour teve a chance de gravar pela OKeh Records, ele recomendou John Hurt ao produtor da OKeh Records, Tommy Rockwell. John Hurt participou de duas sessões de gravações, em Memphis e em Nova Iorque (Veja a discografia abaixo). O nome "Mississippi" foi acrescentado pela OKeh como um truque de vendas. Depois do fracasso comercial de seu disco e da gravadora OKeh atravessar dificuldades financeiras devido à Grande Depressão, Hurt retornou a Avalon, trabalhando como lavrador em terras arrendadas e tocando em bailes e festas locais. Em 1963, contudo, um musicólogo folclórico chamado Tom Hoskins, interessado em suas gravações, foi capaz de localizar[2] John Hurt perto de Avalon, Mississippi. Na verdade, em uma antiga gravação, Hurt cantou "Avalon, minha cidade natal". Hoskins encorajou então Hurt a mudar-se para Washington, DC e reiniciar a sua carreira. Foi muito bem recebido pelo público no Newport Folk Festival, em 1963 e antes de sua morte em 1966 ele fez muita apresentações em faculdades, salas de concertos, bares e no programa de variedades Tonight Show com Johnny Carson, bem como gravou três álbuns pela Vanguard Records. A influência de John Hurt afetou diversos gêneros musicais, inclusive o blues, countrybluegrass, popular e o contemporâneo rock and roll. era um trabalho muito pesado em uma fazenda de Avalon Novo Mississippi.
Em 1916, John Hurt conheceu e casou com Gertrude Hoskins. Três anos depois, eles tiveram um filho TC Hurt nasceu 01 de abril de 1919. Então, em 1921, eles tiveram uma filha Ida Mae Hurt nasceu 26 de junho de 1921. Pouco depois do nascimento de TC Hurt e Ida Mae, John e Gertrude se separaram por razões desconhecidas.
John e Gertrude nunca se divorciaram, porém, seguiram caminhos separados como casal. No entanto, eles continuaram a criar seus filhos como um todo. Gertrude logo conheceu Will Connelly que dividiu o pais das duas crianças. Eles nunca tiveram filhos juntos. Jesse Lee e John Cole a parentalidade partilhada dos dois filhos e teve um filho próprio, John William.
Os filhos de John e Gertrudes precedeu na morte de seus pais. Ida Mae foi morta na idade de 19 anos por seu ex-marido, Doc Johnson, que deixou dois filhos pequenos que Gertrude cuidava como sendo dela própria. TC Hurt morreu de câncer em 1965 na idade de 46 anos, deixando 14 filhos.
John Hurt  tinha dezoito netos. TC e sua esposa Annie Dora Rocha teve quatorze filhos.
Ida Mae e Doc Johnson tiveram 2 filhos, John William e sua esposa Bonnie Lott tiveram dois filhos que John e Jesse criou como seus próprios.



Discografia de Mississippi John Hurt





Avalon Blues: The Complete 1928 OKEH Recordings (Columbia Roots N' Blues reissue)
  1. "Frankie" (3:21)- February 24, 1928, Memphis, TN - 400221-B, OK 8560
  2. "Nobody's Dirty Business" (2:52)- February 24, 1928, Memphis - 400223-B, OK 8560
  3. "Ain't No Tellin'" (2:54)- December 21, 1928, New York City, NY - 401471-A, OK 8560
  4. "Louis Collins" (2:57)- December 21, 1928, NYC - 401472-A, OK 8724
  5. "Avalon Blues" (3:01)- December 21, 1928, NYC - 401473-B, OK 8759
  6. "Big Leg Blues" (2:50)- December 21, 1928, NYC - 401474-B, unissued
  7. "Stack O' Lee" (2:55)- December 28, 1928, NYC - 401481-B, OK 8654
  8. "Candy Man Blues" (2:44)- December 28, 1928, NYC - 401483-B, OK 8654
  9. "Got The Blues (Can't Be Satisfied)" (2:49)- Dec 28, 1928, NYC- 401484-B, OK 8734
  10. "Blessed Be The Name" (2:46)- December 28, 1928, NYC - 401485-B, OK 8666
  11. "Praying On The Old Camp Ground" (2:35)- Dec 28 1928, NYC- 401486-B, OK 8666
  12. "Blue Harvest Blues" (2:51)- December 28, 1928 NYC - 401487-A, OK 8692
  13. "Spike Driver Blues"[3] (3:13)- December 28, 1928 NYC - 401488, OK 8692
Last Sessions - 1966 (Vanguard)
  1. "Poor Boy, Long Ways From Home"
  2. "Boys, You're Welcome"
  3. "Joe Turner Blues"
  4. "First Shot Missed Him"
  5. "Farther Along"
  6. "Funky Butt"
  7. "Spider, Spider"
  8. "Waiting For You"
  9. "Shortnin' Bread"
  10. "Trouble, I've Had It All My Days"
  11. "Let The Mermaids Flirt With Me"
  12. "Good Morning, Carrie"
  13. "Nobody Cares For Me"
  14. "All Night Long"
  15. "Hey, Honey, Right Away"
  16. "You've Got To Die"
  17. "Goodnight Irene"
Mississippi John Hurt 1928 Sessions (Yazoo 1065, Yazoo Records) Lado 1
  • Got the blues can’t be satisfied
  • Louis Collins
  • Blue Harvest Blues
  • Avalon Blues
  • Blessed be the name
  • Nobody’s dirty business
  • Frankie
Lado 2
  • Ain’t no tellin’
  • Big leg blues
  • Stack O’Lee blues
  • Praying on the old camp ground
  • Spike Driver Blues[3]
  • Candy Man Blues

Worried Blues (Piedmont PLP 13161, Piedmont Records)
Lado 1
  • Lazy Blues
  • Farther along
  • Sliding delta
  • Nobody cares for me
  • Cow hooking blues
Lado 2
  • Talkin’ Casey Jones
  • Weeping and wailing
  • Worried blues
  • Oh Mary don’t you weep
  • I been cryin’ since you been gone
Mississippi John Hurt Today (VSD-79220, Vanguard Records)
Lado 1
  • Payday
  • I’m satisfied
  • Candy man
  • Make me a pallet on the floor
  • Talkin’ Casey Jones
  • Corrinna, Corrinna
Lado 2
  • Coffee blues
  • Louis Collins
  • Hot time in the old town tonight
  • If you don’t want me. Baby
  • Spike driver blues[3]
  • Beulah land
Mississippi John Hurt Last Sessions (VSD-79327, Vanguard Records)
Lado 1
  • Poor boy long ways from home
  • Boys, you’re welcome
  • Joe Turner blues
  • First shot missed him
  • Farther along
  • Spider, spider
  • Waiting for you
  • Shortnin’ bread
Lado 2
  • Trouble, I’ve had it all my days
  • Let the mermaids flirt with me
  • Good mornin’, Carrie
  • Nobody cares for me
  • All night long
  • Hey, Honey, right away
  • You’ve got to die
  • Goodnight, Irene
The Best of Mississippi John Hurt (VSD-19/20, Vanguard Records) Gravado ao vivo em Oberlin College, em 15 de abril de 1966
Lado 1
  • Here I am, Oh Lord, send me
  • I shall not be moved
  • Nearer my God to thee
  • Baby what’s wrong with you
  • It ain’t nobody’s business
Lado 2
  • Salty dog blues
  • Coffee blues
  • Avalon, my home town
  • Make me a pallet on the floor
  • Since I’ve laid this burden down
Lado 1
  • Sliding delta
  • Monday morning blues
  • Richland women blues
  • Candy man
  • Stagolee
Lado 2
  • My creole belle
  • CC rider
  • Spanish Fandango
  • Talking casey
  • Chicken
  • You are my sunshine
The Candy Man (QS 5042, Quicksilver Records)
Lado 1
  • Richland women blues
  • Trouble, I’ve had it all my days
  • Chicken
  • Coffee blues
  • Monday morning blues
Lado 2
  • Frankie and Albert
  • Talking Casey
  • Here I am, Oh Lord, send me
  • Hard time in the old town tonight
  • Spike driver blues[3]
Volume One of a Legacy (CLPS 1068, Piedmont Records)
Lado 1
  • Trouble, I’ve had it all my days
  • Pera Lee
  • See See rider
  • Louis Collins
  • Coffee blues
  • Nobody’s dirty business
  • Do Lord remember me
  • Monday morning blues
Lado 2
  • Let the mermaids flirt with me
  • Payday
  • Stack-o-lee blues
  • Casey Jones
  • Frankie and Albert
Folk Songs and Blues (PLP 13757, Piedmont Records)
Lado 1
  • Avalon blues
  • Richland woman blues
  • Spike driver blues[3]
  • Salty dog
  • Cow hooking blues
  • Spanish Fandang
Lado 2
  • Casey Jones
  • Louis Collins
  • Candy Man Blues
  • My Creole belle
  • Liza Jane – God’s unchanging hand
  • Joe Turner blues


quinta-feira, 20 de maio de 2010

O QUE SERIA DE NÓS SEM ELES?


As origens

O blues sempre esteve profundamente ligado à cultura afro-americana, especialmente aquela oriunda do sul dos Estados Unidos (Alabama,MississipiLouisiana e Geórgia), dos escravos das plantações de algodão que usavam o canto, posteriormente definido como "blues", para embalar suas intermináveis e sofridas jornadas de trabalho. São evidentes tanto em seu ritmo, sensual e vigoroso, quanto na simplicidade de suas poesias que basicamente tratavam de aspectos populares típicos como religião, amor, sexo, traição e trabalho. Com os escravos levados para a América do Norte no início do século XIX, a música africana se moldou no ambiente frio e doloroso da vida nas plantações de algodão. Porém o conceito de "blues" só se tornou conhecido após o término da Guerra Civil quando sua essência passou a ser como um meio de descrever o estado de espírito da população afro-americana. Era um modo mais pessoal e melancólico de expressar seus sofrimentos, angústias e tristezas. A cena, que acabou por tornar-se típica nas plantações do delta do Mississippi, era a legião de negros, trabalhando de forma desgastante, sobre o embalo dos cantos, os "blues".


As raízes no delta

Há várias versões sobre aquela que é a primeira composição típica de blues, assim como seu primeiro idealizador. Diz a lenda que o autoproclamado "Pai do Blues" W. C. Handy ouviu este tipo de música pela primeira vez em 1903, quando viajava clandestinamente em um vagão de trem e observava um homem que tocava violão com um canivete.